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quarta-feira, 10 de junho de 2015

Passageiros criticam condições de rodoviárias de Assai, Cambé, Ibiporã e Jataizinho

Em um país em que o modal rodoviário é a principal opção adotada para o transporte de passageiros em detrimento das ferrovias, a manutenção de condições mínimas de infraestrutura das rodoviárias é primordial. No entanto, os passageiros de ônibus intermunicipais e interestaduais têm que encarar infraestrutura precária das rodoviárias em municípios importantes da Região Metropolitana de Londrina. 

A reportagem da Folha de Londrina circulou por cinco rodoviárias da região e constatou a situação dos terminais.

Na rodoviária de Cambé, o taxista Antônio Francisco, de 70 anos, diz que as condições do espaço influenciam até no movimento. "Dos sete guichês existentes, só um está em operação. Três empresas que operavam aqui antigamente deixaram a cidade. Os banheiros estão péssimos, os vidros estão sujos ou quebrados, as esquadrias estão todas enferrujadas e moradores de rua vêm se refugiar aqui", lamenta. O mictório do banheiro masculino destruído e não há bebedouros funcionando. 

Atualmente, o terminal cambeense tem um fluxo de 14 ônibus regulares e três ônibus metropolitanos, totalizando 80 passageiros por dia. O gráfico João Umbelino Filho, de 58 anos, frequenta o local apenas para utilizar a lanchonete, mas critica a falta de limpeza. "Se colocassem mais lojas aqui, seria possível dar uma reagida e mais pessoas frequentariam a rodoviária", aconselha. 

Em Assaí, a situação é ainda pior. O prédio tem um fluxo de cerca de 30 passageiros por dia. Pias do banheiro estão sem cubas, há vazamentos e apenas um guichê está em funcionamento. O local também tem vidros sujos ou quebrados e esquadrias, enferrujadas. Falta iluminação e não há segurança adequada. 

A professora Maura Leandra de Souza, de 45 anos, afirma que o local é isolado e não há estrutura adequada para que as pessoas permaneçam por lá para esperar os ônibus. "O banheiro está ruim, muito sujo. Os vidros estão quase todos quebrados e falta iluminação, o que deixa os frequentadores inseguros. Não tem um lugar para a venda de comida ou refrigerante e o bebedouro não está adequado", enumera. 

Já os usuários da rodoviária de Jataizinho reclamam da qualidade da iluminação e da falta de segurança no local, onde usuários de droga e mendigos circulam com frequência. "Para quem embarca à noite, não tem segurança. Existe risco de ser assaltado e tem muita gente estranha que usa a rodoviária para dormir", afirma o motorista Fernando Vieira de Souza, de 29 anos. 

Em Ibiporã, a situação está precária em função da reforma, que começou no início de maio. Os passageiros foram obrigados a se deslocar 100 metros da atual rodoviária para embarcar nos ônibus. Os passageiros dos intermunicipais continuam utilizando o terminal, em uma pequena área que ainda não está cercada pelos tapumes. A aposentada Maria Aparecida Zanuto, de 68 anos, reclama porque a reforma fez com que as pessoas sejam obrigadas a permanecer na calçada, em um local onde não há cobertura. "Nos dias de chuva, não temos onde nos abrigar", critica. 

Em Rolândia, a situação é um pouco melhor, mas também há problemas. "O piso é bastante irregular e o prédio, que é antigo, possui uma altura muito baixa. Os ônibus mais modernos são altos e não conseguem entrar até o final da baia. Os passageiros precisam embarcar debaixo de chuva, já que a cobertura não chega até lá", aponta o motorista Valdecir Fabrício, de 35 anos. A engenheira agrônoma Adriane Rodrigues Pontes, de 26 anos, critica a falta de segurança. "Não me sinto segura quando venho aqui", diz.

Em Assaí, a arquiteta do Departamento de Engenharia e Arquitetura da Secretaria de Obras e Serviços, Simone Yumi Nagatsuyu, garante que já existe um projeto de reforma da rodoviária, mas ainda não existe disponibilidade financeira para isso. "Pelo projeto está prevista a reforma dos banheiros, a implantação de um módulo da Polícia Militar onde era a lanchonete e a adequação da iluminação interna", enumera. Ela destaca que a proposta é trocar o revestimento e o piso de todo o banheiro e adaptá-los a pessoas com necessidades especiais. "Além disso pretendemos trocar a cobertura e readequar a iluminação interna", afirma.

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